O carnaval, uma das festas mais populares do Brasil, está chegando. Nesta época, as pessoas cantam, dançam, pulam, se divertem. Como já são parte da família, nada melhor do que fantasiar os cães para acompanhar seus donos na folia. Mas vale lembrar que colocar fantasia nos pets satisfaz o gosto dos donos, porém nem sempre é uma escolha do animal. Por isso, é importante tomar alguns cuidados.
Para o especialista em comportamento canino Ricardo Tamborini, o uso de fantasias e roupas muito quentes, tecidos e adereços pesados causam desconforto e calor em excesso, o que pode prejudicar o animal. “É importante priorizar o limite do pet, não exagerando na fantasia, respeitando principalmente aqueles que não se sentem à vontade usando roupinhas ou adereços”, destaca.
As festas e bloquinhos geralmente acontecem na rua, então evite sair entre 10h e 16h, período em que o sol está mais quente, pois o calor em demasia pode desidratar o animal e o chão quente pode queimar suas patas. Além disso, é muito importante hidratar o cão. Leve bastante água fresca ou ofereça a ele água de coco. Cães idosos, filhotes e raças de focinho muito curto (braquicefálicos) merecem cuidado e atenção redobrados, pois desidratam muito rapidamente.
Locais muito movimentados, com pessoas estranhas e outros animais, podem ser muito excitantes ou aterrorizantes para o cão. Portanto, nunca saia sem guia e coleira. “Usar o material de passeio vai prevenir a fuga do animal caso ele se assuste com pessoas ou com o barulho, além de evitar que ele se envolva em alguma briga com outro cão ou que fique pulando nas pessoas ao redor”, explica Tamborini.
O especialista também aconselha os donos de cães antissociais e desobedientes a não frequentar locais públicos e muito movimentados. “Caso o seu cão seja agressivo, procure circular com ele em locais menos movimentados e, de preferência, fora dos horários de maior movimentação”, ressalta.
Procure também ficar afastado das caixas de som. Músicas muito altas também são incômodas para os cães, já que a audição deles é muito mais apurada que a nossa e, por isso, eles conseguem captar sons que para os humanos são imperceptíveis. Esse barulho pode irritá-los e causar estresse ou medo, levando-os a tentar fugir.
Ricardo Tamborini é adestrador e especialista em comportamento canino.