Xamã inicia reabilitação para se tornar o primeiro macho de onça-pintada a voltar para a Amazônia

Créditos: divulgação

 

Primeiro macho de onça-pintada no país a ter sido resgatado é reintroduzido com sucesso na Amazônia | Proteção Animal Mundial


Xamã  está de casa nova -- e fazendo história. Depois de cinco meses em recuperação e espera no Setor de Atendimento de Animais Silvestres do Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), na cidade de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), a jovem onça-pintada (Panthera onca, espécie Vulnerável no Brasil, ICMBio 2018) foi transferida e chegou na sexta-feira (20) ao recinto de reabilitação no estado do Pará. Ele permanecerá ali, usufruindo de um espaço de 15 mil m2, por até dois anos. Vai ser apoiado no aprendizado dos comportamentos básicos da espécie, como caça e defesa, os quais não teve oportunidade de receber da mãe. Quando atingir a maturidade e estiver apto para a reintrodução na natureza, será liberado em uma área adequada e segura para voltar a viver uma vida selvagem. Ao completar esse processo, Xamã será o primeiro macho da espécie no país a ter sido resgatado e reintroduzido com sucesso na Amazônia.


“Xamã é mais uma vítima de uma marcha que está pulverizando as florestas brasileiras, e junto com elas nossa vida silvestre diversa e seus habitats. Esse animal símbolo da nossa fauna foi separado da família depois de um incêndio florestal. Teve a vida transformada para que as pessoas em todo o mundo possam comer carne em quantidades crescentes e pelo menor preço possível”, diz David Maziteli, gerente de Vida Silvestre da Proteção Animal Mundial. “Empreender todos os esforços possíveis para tratar, reabilitar e devolver o Xamã ao ambiente de origem, onde ele poderá desempenhar na plenitude os seus comportamentos naturais, é tanto uma questão de responsabilidade coletiva quanto um ato de resistência contra o sistema alimentar e econômico insustentável que ameaça a existência de animais silvestres e humanos igualmente”

A experiência inédita de reintrodução de Xamã na Amazônia deve gerar conhecimentos científicos para a conservação de onças-pintadas em liberdade no bioma, e no país em geral, ajudando enfrentar pressões de desmatamento e incêndios florestais impulsionados pela expansão agropecuária, o avanço desordenado da urbanização, além de atividades ilegais de mineração, caça e tráfico de vida silvestre.

O Brasil é considerado um país chave para a conservação da espécie, uma vez que ainda concentra as maiores populações de onças-pintadas do mundo. Por possuir a área mais extensa de habitat adequado e não-fragmentado para este felino, a Amazônia é o território mais importante para a conservação da onça-pintada em longo prazo. Entre outros aspectos, a presença das onças-pintadas, por sua vez, é estratégica para a preservação ambiental porque estes animais são muito sensíveis a perturbações ambientais e, por isso, são úteis no monitoramento da qualidade do habitat (espécie bioindicadora).

Todo esse projeto -- do resgate à reintrodução de Xamã -- está sendo empreendido por um conjunto de parceiros públicos e do terceiro setor. O processo de resgate, tratamento e guarda do animal até aqui esteve a cargo da equipe do Hovet/Setor de Atendimento de Animais Silvestres/UFMT, com acompanhamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema-MT). O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), atuaram na supervisão técnica e na gestão Onçafaricomo autoridades públicas.

A Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que trabalha em prol do bem-estar animal, atua como patrocinador e consultor do projeto, tendo acompanhado localmente em Sinop a fase de recuperação de Xamã em colaboração com o Instituto Ecótono (IEco). O Onçafari, entidade especialista em reintrodução de felinos no país, foi envolvido para viabilizar a reintrodução e assume a partir de agora, também aportando recursos, como parceiro no manejo de Xamã até a sua soltura e posterior monitoramento remoto na natureza.

“O que difere o Xamã do caso de outras onças-pintadas que nós recebemos e tratamos ao longo do tempo foi a concretização dessas parcerias, no momento e da maneira pela qual isso aconteceu”, conta a médica veterinária Elaine Dione Venêga da Conceição, professora da UFMT e responsável pelo Setor de Atendimento de Animais Silvestres do Hovet. “Os parceiros realmente fizeram a diferença ao reconhecer a importância do animal, a condição dele e a possibilidade de sucesso para reabilitação e soltura. Para além do suporte financeiro, que é sim fundamental, a presença, o acompanhamento, a troca de ideias trouxeram segurança e amparo para a equipe. A grande lição de todo esse processo é que proteção animal e conservação ambiental não se faz de forma solitária: é algo que se faz de mãos dadas”.
 
Depois do trauma, o melhor caminho possível
 
Xamã foi resgatado na região de Sinop em 17 de agosto do ano passado, quando tinha cerca de dois meses de idade e pouco mais de 10kg. Provavelmente havia se separado da mãe ao fugir de um grande incêndio florestal ocorrida nas imediações pouco antes. Ele estava sozinho e assustado em uma propriedade privada nas imediações do Rio Teles Pires. Havia sido acuado por cães e apresentava um estado geral de desnutrição e desidratação. As autoridades foram comunicadas e Xamã foi capturado no mesmo dia e levado ao Hovet.
 
Nos primeiros dias, até que os veterinários pudessem fazer a sexagem do animal, acreditava-se que o indivíduo era uma fêmea: Xamã era Juma. Não que se importasse. Logo foi submetido uma bateria de exames para averiguar mais precisamente sua condição de saúde, a existência de quaisquer doenças e para orientar o tratamento de recuperação.
 
“Xamã foi recebendo inicialmente reposição nutricional e apresentando uma melhora consistente do score corporal.
Gradualmente foram sendo introduzidos elementos de enriquecimento ambiental para que ele se sentisse seguro no recinto temporário, nesse novo local em que ele estava agora, sozinho, e para estimular o seu desenvolvimento”, relata a professora Elaine Dione. Com o passar do tempo, o mais importante, a equipe seguiu um protocolo cuidadoso e constatou que Xamã manteve instintos selvagens, como o comportamento arisco em relação à presença humana.
 
Para o objetivo de reintrodução na natureza este é um aspecto vital. Evitar o imprinting -- grosso modo, a habituação ou apego aos humanos -- é fundamental para garantir o sucesso no retorno à vida selvagem. Do ponto de vista do bem-estar de um animal, ou seja, da possibilidade de um indivíduo expressar plena e livremente todos os comportamentos naturais, o retorno à natureza é o caminho a ser seguido. Animais selvagens devem viver uma vida selvagem.
 
Apoio no tempo certo

O início de um projeto para ajudar diversas espécies impactadas por incêndios florestais em MT em 2022 proporcionou a chance para que o filhote de onça-pintada fosse atendido, avaliado e encaminhado em menos de seis meses, algo que viabilizou o caminho de volta à natureza. “Xamã chegou ao Hovet quando estávamos começando um projeto de apoio aos animais resgatados e destinados para a unidade como vítimas diretas ou indiretas do fogo. O esforço deu continuidade a algo que já havíamos feito no Pantanal do Mato Grosso do Sul, em 2021 e 2022, e que então estávamos direcionando para áreas de Cerrado e Amazônia no Mato Grosso no segundo semestre do ano”, conta David Maziteli.
 
Christine Steiner São Bernardo, diretora-executiva do IEco, detalha o trabalho feito pela organização: “Estamos baseados em Sinop e entramos como parceiros da Proteção Animal Mundial para desempenhar um acompanhamento local e facilitar a interlocução com a equipe da linha de frente do hospital. Temos nos dedicado a um trabalho de monitoramento de fauna em áreas, queimadas ou em risco, e acompanhado animais resgatados para que tenham remédios e alimentação garantida. E para que sejam destinados a recintos de reabilitação, nos quais o comportamento de cada um é avaliado para futura reintrodução monitorada na natureza”.
 

A jornada de Xamã
 
Com a certeza da saúde plenamente restituída e dos comportamentos naturais preservados para garantir as melhores perspectivas para a hipótese de reintrodução, já em meados de outubro foi consolidada a rede de parceiros para o projeto Xamã. Teve início então um complexo e cuidadoso trabalho de planejamento.
 
A documentação foi organizada a seguir e a autorização para o transporte foi obtida em novembro. Em paralelo, foi sendo estudada a logística de transporte entre o Hovet em Sinop e o recinto no Pará, que poderia envolver transporte terrestre, aéreo (o que demandaria participação da Força Aérea Brasileira) ou um misto dos dois. Com a confirmação das distâncias, da condição das estradas, da estimativa do tempo de deslocamento e da avaliação dos possíveis impactos sobre o animal, a opção do trajeto integralmente por terra for feita.
 
A licença SISBIO para reabilitação foi concedida no final de dezembro e, a movimentação, enfim planejada para o dia 20 de janeiro. Com todos os recursos e providências no lugar, a preparação para a movimentação de Xamã teve início ainda na tarde do dia 19. Foi realizada a sedação, uma nova bateria de exames e a acomodação em uma caixa de contenção e transporte construída especialmente para ele. Em comparação com o momento da chegada, o animal havia crescido bastante e atingido 27,5 kg, quase triplicando de peso.
 
O deslocamento envolveu uma força-tarefa, envolvendo desde monitoramento de cada passo do processo ao registro de imagens. Teve início na madrugada do dia 20, bem antes do sol nascer, para minimizar o estresse, a exposição térmica e as chances de interferências de tráfego urbano e rodoviário. Por volta das 5h30 A caixa de Xamã foi posicionada no veículo para iniciar o trajeto total de quase de 500km, incluindo rodovias principais, secundárias, travessia de balsa e 80 km de estrada de terra.
 
Ao longo do percurso foram feitas pausas regulares para checagem do animal, além de hidratação e alimentação. A cada cabine de pedágio ou parada, quem conseguia perceber a onça-pintada se encantava com a já poderosa presença do filhote.
Perto do final do dia, Xamã chegava ao recinto de reabilitação. Logo na transferência da caixa de transporte para o recinto de cambiamento (uma pequena separação temporária na entrada do recinto principal), o comportamento de Xamã deixava claro seu desejo de se afastar das pessoas e de se embrenhar novamente na mata. O time decidiu, portanto, por descartar a necessidade de pré-adaptação e optou pela soltura direto na área de 15 mil m2 do recinto de imersão. Dito e feito, aberta a porta do cambiamento, Xamã partiu em disparada para a mata, sem olhar para trás, para alegria e orgulho de todos os envolvidos. Como uma benção da mãe natureza, a leve chuva que caia naquele momento na região se transformou quase que imediatamente em uma grossa chuva amazônica. Seja bem-vindo, Xamã! 
 

Próximos passos

Mantendo o protocolo de bem-estar, a partir de agora Xamã está sendo assistido permanentemente por uma equipe biólogos para ganhar os comportamentos básicos de sua espécie, como caça e defesa. Será estimulado a realizar o que teria aprendido da mãe até por volta de 17 meses de idade. Terá todo o recinto de floresta amazônica nativa densa e rica exclusivamente para ele. No dia a dia, o contato com humanos será mínimo e ele terá as movimentações essencialmente acompanhadas por câmeras.

Em tempo, depois de um período inicial de sumiço, o primeiro registro de Xamã em seu recinto foi capturado por uma câmera remota na manhã de ontem. Ele se alimenta normalmente e tem explorado ativamente a nova casa.
 
Quando tiver atingido a maturidade e alcançado a autonomia para viver novamente na floresta e exercer seu papel ecológico, inclusive como macho saudável e fértil, podendo contribuir para o aumento populacional da espécie, será solto, mas seguirá ainda sob monitoramento remoto por algum tempo. Vai ganhar um rádio colar que permitirá aos especialistas acompanharem remotamente, por pelo menos um ano, aspectos como a sua movimentação, a atividade de delimitação de espaço e a marcação de território.
 
“Eu costumo dizer que a gente só faz uma parte do trabalho, o animal é que faz todo o resto”, diz Leonardo Sartorello, biólogo coordenador do Programa de Reintrodução do Onçafari e supervisor do projeto envolvendo Xamã a partir de agora. “Nós avaliamos o animal, juntamente com professora Elaine, e o comportamento inicial dele foi excelente! Ele é um animal arredio mesmo, e isso é muito bom, porque sei que no futuro e não irá se aproximar de nenhuma propriedade e de nenhuma pessoa. Ele não tem medo de pessoas, mas respeito. Isso é bom para ele, uma vez que significa que irá se virar bem sozinho. Aprendendo a executar os comportamentos da espécie e a disputar o território dele, o ser humano não será um problema”, prossegue.
 
Sobre o pioneirismo do projeto Leonardo avalia: “O Xamã representa um desafio, pois será o primeiro macho reintroduzido na Amazônia, com todo treinamento e o monitoramento adequado para avaliarmos o sucesso do processo. Outras tentativas já foram feitas, mas não com essa abordagem desenvolvida com sucesso ao longo dos anos, e isso pode ser um grande divisor de águas para a conservação da espécie”.

Durante todo esse processo, Xamã gerará dados que indicarão a sua adaptação e que irão ajudar na reabilitação futura de outros machos da espécie, amparando, inclusive, decisões para políticas públicas.
 

Vítimas do fogo

O local de resgate, a época e as condições gerais do animal indicam a possível história de Xamã. Como comentado, a provável separação da família foi forçada por um incêndio florestal. Essa situação não é muito diferente daquela de tantos animais que habitam o norte do Mato Grosso -- uma zona de imensa biodiversidade na transição entre o Cerrado e a Amazônia -- e que acabam precisando de atendimento veterinário de urgência.
 
Entre diversos fatores, na região de Sinop a vida silvestre local ainda sofre os reflexos da inundação de áreas em razão da instalação de quatro usinas hidrelétricas no Rio Teles Pires e da substituição de floresta por imensas áreas de plantação de soja e pastagens. Somando-se a isso, anualmente no período de maio a outubro há um aumento de episódios de incêndios florestais, principalmente causados por atividade humana.
 
De fato, em 2022, observando dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a quantidade de focos, e de grandes e duradouros incêndios, foi particularmente grande por ali entre meados de agosto e setembro, quando Xamã precisou ser resgatado. Para as onças-pintadas, predadores de topo da cadeia alimentar e que necessitam de áreas de vida muito vastas (até 170 km2), a degradação de sua morada é gravíssima.

Esse quadro de perda de habitats e queimadas se traduz para os animais em impactos diretos principalmente de queimaduras, desidratação e asfixia por fumaça. No momento da fuga, a desorientação costuma levar a traumas diversos, como choques contra edificações, atropelamentos ao cruzar estradas ou a encontros com animais domésticos. No pós-fogo, a perda de ninhos, a falta de alimento (pela morte de presas, queima da vegetação, de frutos e sementes) ou de água aparecem como impactos indiretos ligadas aos fogos sobre a vida silvestre.

A separação dos filhotes de suas famílias soma-se a tudo isso. Para os jovens animais que conseguem se recuperar, mas que não aprenderam os comportamentos básicos de sobrevivência, isso surge como um novo obstáculo para o retorno aos seus locais adequados de vida: na natureza de origem.

“A conscientização de todos é urgente. Nos últimos 50 anos as superfícies de terras dedicadas à monocultura de soja cresceram a uma taxa muito maior do que a da expansão da população global. O que é pior, cerca de 75% dessa produção acaba virando ração para alimentar animais confinados em sistemas intensivos, que em geral não respeitam padrões mínimos de bem-estar animal. Fora os impactos demonstrados sobre a vida silvestre, essa realidade está relacionada à segurança alimentar. As terras destinadas à produção de grãos para a fabricação de ração animal poderiam gerar alimentos destinados diretamente ao consumo humano, com um uso mais racional de recursos”, alerta o gerente da Proteção Animal Mundial.


A Proteção Animal Mundial (World Animal Protection) - é a voz global do bem-estar animal, com mais de 70 anos de experiência em campanhas por um mundo no qual os animais vivam livres de crueldade e sofrimento. Temos escritórios em 12 países e desenvolvemos trabalhos em 47 países ao todo. Colaboramos com comunidades locais, com o setor privado, com a sociedade civil e governos para mudar a vida dos animais para melhor. Nosso objetivo é mudar a maneira como o mundo trabalha para acabar com a crueldade e o sofrimento dos animais selvagens e de produção. Por meio de nossa estratégia global de sistema alimentar, vamos acabar com a pecuária industrial intensiva e criar um sistema alimentar humano e sustentável, que coloca os animais em primeiro lugar. Ao transformar os sistemas falhos que impulsionam a exploração e a mercantilização, daremos aos animais silvestres o direito a uma vida silvestre. Nosso trabalho para proteger os animais desempenhará um papel vital na solução da emergência climática, da crise de saúde pública e da devastação de habitats naturais.



Por Marília Bianchini - Sorellapr





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O que 2022 significou para a veterinária? E o futuro?

 

Os avanços obtidos para o segmento no último ano abrem as portas para um futuro muito promissor


O ano de 2022 marcou uma série de evoluções no ramo da medicina veterinária. O crescimento do uso de soluções tecnológicas para o atendimento à distância e em domicílio aliada a regulamentação da teleorientação são sinais de que o este ano pode ser ainda mais positivo. Isso porque essas mudanças trazem soluções inovadoras e proveitosas para o segmento como um todo -- médicos veterinários, tutores e pets são os grandes beneficiados dos recentes avanços.


 

Antes de traçar cenários, prever possíveis oportunidades e projetar os principais desafios para o setor em 2023, é preciso fazer um balanço das principais movimentações na medicina veterinária no ano que se passou. E o fato é que muitas das novidades de 2022 devem se firmar como tendências reais rapidamente. É a observação desse cenário que gera tantas expectativas boas pelo que ainda está por vir!


 

Teleorientação regulamentada é um marco de modernidade


A publicação da resolução que regulamenta a teleorientação definitivamente foi um dos destaques de 2022. A telemedicina veterinária - em suas diferentes modalidades - se trata de um avanço que permite mais conforto e segurança para todas as partes envolvidas em um atendimento veterinário. Acredito que a regulamentação desse tipo de contato entre profissionais, tutores e animais domésticos deve democratizar o acesso ao atendimento especializado nos próximos anos, sendo uma vitória importante para o segmento.


 

Aplicativos estreitam a distância entre tutores e médicos veterinários


Em 2022, a popularização de soluções tecnológicas inovadoras também marcou um avanço para a veterinária. O papel da tecnologia em diminuir as barreiras para a entrega de serviços veterinários ficou mais evidente com a regulamentação da telemedicina. Além disso, como um efeito da pandemia, mais tutores aderiram ao atendimento em domicílio, gerando mais oportunidades de crescimento profissional para médicos veterinários em atividade.


 

Agora, é possível agendar consultas em domicílio ou online com imensa facilidade, e os tutores não precisam se preocupar com problemas como o trânsito, pets estressados com o transporte ou tempo perdido esperando o atendimento em consultórios. Os aplicativos voltados ao segmento pet oferecem mais facilidade no agendamento das consultas e no cuidado geral com o bem-estar animal. Considerando todos os benefícios dessas soluções, é bem provável que mais pessoas se interessem por essas modalidades, e mais pets recebam o cuidado necessário sendo poupados de estresse.


 

Por fim, é importante ressaltar que o papel da tecnologia na medicina veterinária deve crescer exponencialmente nos próximos anos. O período que se encerrou trouxe tendências e oportunidades que devem se firmar entre a sociedade no futuro. Não será uma grande surpresa se o atendimento em domicílio e a telemedicina intermediada por aplicativos seja um serviço mais procurado por brasileiros e brasileiras. O fato é que todos os amantes da medicina veterinária, dos animais domésticos e do mercado pet em geral têm muitas razões para estarem otimistas em 2023!


 

Lucas Guedes, CEO e fundador da Vets

*Lucas Guedes é CEO e fundador da Vets. Com mais de 20 anos de experiência no meio corporativo, o executivo consolidou sua carreira em segmentos como o Marketing, Comunicação, Projetos, Digital e Comercial.


*Fotos enviadas: IDEIACOMM



Por Lucas Guedes




Guia Apaixonados po Shih Tzu

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Dicas de hotéis pet friendly para curtir as férias

 Gran Oca Maragogi

 

Há hospedagens para todos os gostos espalhadas pelo Brasil


Com mais de 149 milhões de animais de estimação de todo tipo - cães, gatos, peixes, e outros -, o Brasil é o terceiro país com maior número de pets no mundo. Os dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) ajudam a entender porque as hospedagens nos destinos de férias do país vem investindo em estrutura e comodidades para receber esses convidados ilustres, tão amados por seus donos.
 

Pensando no bem estar do animal e até de seus 'pais', hospedagens por todo o Brasil passaram a oferecer uma nova experiência para as famílias que gostam de ter seus animais por perto para curtir cada momento da vida, inclusive nas férias. Há diversas opções disponíveis no Hurb, empresa de tecnologia com a maior plataforma de viagens online do Brasil, que oferece para seus viajantes uma rede parceira de hotéis, resorts e pousadas que permitem a circulação de pets.
 

A plataforma tem algumas dicas de hospedagens abaixo:


Hotel Villa Rossa - divulgação Hurb


Em São Roque (SP), o Hotel Villa Rossa recebe animais domésticos em acomodações amplas, com jardim e piscinas privativas em quartos premium. Assim, eles conseguem aproveitar o melhor da estrutura recreativa de um hotel com segurança. São quartos para até 5 pessoas, garantindo espaço para toda a família viver esse momento com conforto.
 

Destino pacato no interior de São Paulo, a cidade se destaca pela produção de vinhos, sendo possível conhecer mais sobre a atividade e realizar degustações da bebida nas vinícolas locais.


Hotel Unique Garden - divulgação Hurb


Também no estado de São Paulo está o Unique Garden, localizado no município de Mairiporã. O hotel ocupa um espaço privilegiado, próximo ao Parque Estadual da Cantareira, área de Mata Atlântica sob preservação. Esse é o cenário capaz de proporcionar relaxamento para corpo e alma, por meio da conexão com a natureza, para os animais e seus donos.
 

O Unique Garden conta com um playground pet e chalés com jardins fechados para os bichos. Há ainda jardins na área comum e horta orgânica, que podem receber a visita deles, desde que usem coleira. Enquanto os bichinhos aproveitam as instalações, os donos também podem curtir o spa, as piscinas, quadras de tênis e beach tennis, a sauna e a academia.
 

Em ambos hotéis paulistas, a taxa cobrada pela presença dos animais garante ao hóspede itens indispensáveis para o bem estar deles, como bebedouro, comedouro, tapete higiênico e kit de limpeza.
 

Em Resende, no Rio de Janeiro, o Hotel Resort Fazenda 3 Pinheiros oferece dois tipos de acomodações para quem quer trazer o pet na viagem. Na fazenda própria, eles poderão observar outros animais, como bois, carneiros e avestruzes. Para os humanos, o hotel colonial dispõe de spa e oferece pensão completa, com alimentação orgânica de sua fazenda e de produtores locais.
 

Pensando em destinos nacionais bastante procurados pelo público brasileiro, a travel tech indica ainda opções em Caldas Novas (GO), Maragogi (AL) e em Gramado (RS).

Privé Riviera Park Hotel - divulgação Hurb

 

Com piscinas termais e frias, o Privé Riviera Park Hotel é um complexo voltado para diversão na água. Sua estrutura dispõe de parque aquático com atrações para adultos e crianças, centro gastronômico, brinquedoteca, academia, cinema e um lago, que simula a experiência da praia. Além de permitir a presença de animais, o hotel oferece o serviço diurno de pet care, proporcionando um espaço para os animais realizarem atividades sob observação profissional, serviços de banho, tosa e alimentação.
 

Já o Gran Oca Maragogi Beach & Leisure Resort está à beira do mar alagoano. Sua estrutura voltada para o bem-estar e diversão familiar inclui programação de atividades para as crianças durante as manhãs e tardes, enquanto os adultos podem praticar esportes e curtir os shows com música ao vivo à noite. O Gran Oca aceita apenas cães, não permitindo outros animais domésticos. Essa é sua chance de conhecer esse destino famoso pelos recifes de corais com seu cachorro.

 

Em Gramado (RS), o Recanto da Serra recebe apenas cães de pequeno porte, que podem desfrutar do parque arborizado do hotel. Esse amplo espaço ao ar livre possui fonte de água, lago, peixes, pássaros, coelhos e patos - criando uma experiência relaxante. Para os pais de pet, há salas de jogos e uma infraestrutura para aproveitar até os dias mais frios, piscina interna térmica, banheiras para até seis pessoas e sauna úmida.

Com 10 hotéis no Brasil, a rede mundial Selina também está presente em mais de vinte países, sempre com as portas abertas para pets para aqueles que desejam conhecer o mundo acompanhados por eles.

Hotel Recanto da Serra 

 

Com a reserva feita, a jornada da viagem está apenas começando. Na mala do pet, leve itens essenciais para o dia a dia dele e que o tragam conforto, como itens de higiene, cama, petiscos e brinquedos. O cartão de vacinação é exigência para entrada em todos os hotéis indicados, e todas as vacinas devem estar em dia. O uso de coleiras nos animais em áreas comuns também costuma ser uma exigência de algumas hospedagens. Entre em contato com o hotel desejado para entender seu regulamento específico e valor de taxas e consultar documentos requeridos.
 

Transporte de animais

Lembre-se que o objetivo é proporcionar bem-estar para os familiares de quatro patas, tanto no trajeto, quanto no local de férias. Por isso, ao viajar com eles, é necessário ter atenção a alguns pontos. Há regulamentação específica para o transporte dos animais de estimação em carros particulares. Cães com até 10kg devem ser transportados em assentos tipo cesto, já os pets com peso acima deste devem usar cinto. Gatos, por sua vez, devem viajar em caixas de transporte.
 

Indica-se ainda pedir ao veterinário indicação de medicação para ansiedade e náusea, que podem acometer os pets no trajeto rodoviário. Para evitar esses quadros de estresse animal, a plataforma sugere fazer paradas a cada 3 horas para que seu pet possa se movimentar, beber água e fazer suas necessidades fisiológicas.

Para viagens de ônibus ou avião, é necessário apresentar atestado sanitário para trânsito de cães e gatos emitido por veterinários e certificado de vacinação. Também é preciso avisar a empresa com antecedência que a viagem inclui um animal.
 

A política de viagens com animais varia de acordo com a operadora do transporte e vale fazer uma consulta entre as opções disponíveis antes de comprar suas passagens. Algumas empresas rodoviárias permitem transporte do animal em caixa própria no colo do dono, mas outras exigem compra de assento. Já no avião apenas cães e gatos com até 10 kg podem viajar em caixa na cabine. Pets acima desse peso devem viajar no porão, com exceção para cães guia, que podem viajar aos pés do passageiro, sem caixa e sem necessidade de pagar uma passagem extra para o animal.
 

Com todas essas informações, já é possível planejar sua próxima viagem com o Hurb sem deixar seu animal de estimação em casa. Confira mais opções de hospedagem na vitrine pet friendly do Hurb. Faça as malas para esse break na sua rotina e na deles também.


 

O Hurb é uma empresa de tecnologia e inovação que se consolidou como a maior plataforma de viagens online do Brasil. Com a missão de potencializar viagens através da tecnologia, a empresa visa otimizar o tempo dos seus clientes através da ciência. Cumprindo o princípio primordial de livrar pessoas da preocupação, conectamos clientes a novos lugares. Fundada em 2011, a empresa vende 1 diária a cada 8 segundos, sendo responsável por 1,56% (2020) do PIB do turismo no Brasil. Em menos de 10 anos, alcançou 25 milhões de viajantes cadastrados, 35 mil destinos em todo o mundo e mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, chegando a ser considerada a maior fanpage do turismo mundial. Com 1100 funcionários, o Hurb é uma marca global com sede no Rio de Janeiro e atuação em todo o Brasil e no exterior, com escritórios em Porto e Lisboa (Portugal), Sorocaba (SP) e Montreal (Canadá).




Por Tatiane Fornari Nelli - fsb Comunicação






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Petiscos para o verão: quatro receitas caseiras para agradar seu pet

Imagem de Martine por Pixabay

 

Receitas refrescantes e fáceis podem ser feitas em casa com ingredientes comuns da despensa


À medida que as temperaturas sobem e passamos por dias mais quentes e ensolarados, os tutores de pets buscam por opções para refrescar seus cães e gatos de maneira segura e saudável. Além de banhos de mangueira e passeios ao ar livre, dar alimentos gelados também é uma possibilidade para aplacar o calor do verão, além de aproximar o animal do dono, fortalecendo os laços.

 

Engana-se quem acredita que apenas os petiscos comprados são seguros, ou que podemos oferecer todos os alimentos de consumo humano para eles. “O importante é saber quais ingredientes podem ser ingeridos por cães e gatos, pois nem tudo que comemos é adequado ao organismo deles. Para evitar problemas, caso tenha dúvidas, consulte um médico veterinário de sua confiança”, ressalta a Dra. Karin Botteon, veterinária e gerente técnica da Boehringer Ingelheim.

 

Entretanto, muitas comidas que comumente temos em casa podem ser aproveitadas nesse sentido -- alguns exemplos são frutas como maçã e banana, iogurte natural e atum em lata. Para agradar os pets de forma saudável e econômica, prepare as guloseimas na cozinha de casa, com os ingredientes da despensa. A Dra. Karin separou quatro preparos fáceis e totalmente seguros para o consumo dos pets. Na maioria deles, basta apenas separar os ingredientes, levar ao congelador e oferecer ao animal após algumas horas. O importante é prestar atenção nos detalhes dos produtos para ter certeza de que são adequados para ingerir, e lembre-se: “caso o Pet tenha alguma restrição alimentar, é importante consultar o médico-veterinário que o acompanha”, alerta a Dra. Karin. 


Imagem de Aline Ponce por Pixabay

Veja a seguir os modos de preparo:

 

1- Sorvete de iogurte natural

Coloque o iogurte integral, sem sabor e sem açúcar, em forminhas de gelo e leve ao freezer. Ofereça ao pet após 1h, ou quando congelar.

 

2- Banana congelada

Corte a banana madura em rodelas e leve ao freezer em um pote fechado ou um prato coberto por plástico filme. Ofereça como petisco após congelar.

 

3- Atum congelado

Ofereça apenas atum conservado em água. Desfie e leve ao congelador em forminhas de gelo, oferecendo após congelar.

 

4- “Picolé” de maçã

Corte a maçã em cubos pequenos, colocando em forminhas de gelo. Cubra a forma de gelo com água, leve ao freezer e ofereça após congelar.

 

 

A Boehringer Ingelheim Saúde Animal está trabalhando em inovação de primeira classe para a previsão, prevenção e tratamento de doenças em animais. Para veterinários, tutores, produtores rurais e governos em mais de 150 países, oferecemos um portfólio amplo e inovador de produtos e serviços para melhorar a saúde e o bem-estar de animais de companhia e de produção. Como líder global no setor de saúde animal e como uma empresa familiar, na Boehringer Ingelheim, nós adotamos uma perspectiva de longo prazo.  a saúde e o bem-estar de ambos.



Por Bruna Rassi - Ideal H+K Strategies



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Startup Controle.vet amplia serviços e vira iClubpet

Projeto idealizado pela veterinária Fernanda Gamba ganha novos serviços e assistências para veterinários e tutores; Atendimento, por enquanto, será exclusivo via WhatsApp 


O aplicativo Controle.Vet, lançado em maio passado pela idealizadora e veterinária, Fernanda Gamba, ganhou mais força, com novos serviços e assistências para Médicos Veterinários e tutores de animais.

 

O aplicativo, que nasceu como sistema de gestão e treinamento para médicos veterinários e assistência ao tutor, evoluiu e traz muitas novidades para o mundo pet.


Agora, com o nome iClubpet, o projeto tem o propósito de garantir o acesso à saúde pet de alta qualidade, com agilidade e empatia no atendimento e acessibilidade para toda a Comunidade Pet. 

 

“Toda a minha jornada empreendedora tem como base a minha história de vida e minha carreira como médica veterinária. Quero elevar a qualidade do mundo Pet e acredito no poder da inovação, do uso da tecnologia, da análise de dados, das transformações culturais e da responsabilidade social. Por isso, trago toda a gratidão e aprendizado que a Controle.vet me proporcionou e a todas as pessoas envolvidas nesse projeto lindo, principalmente a todos os médicos veterinários que sempre confiaram no meu trabalho e aceitaram as minhas ideias como meio de transformação e evolução de suas carreiras para a iClubpet, que já nasce gigante, cheia de propósito, afeto e poder de transformação", destacou a criadora da iClubpet, Fernanda Gamba. 

 

 


A iClubpet é uma holding de tecnologia focada no setor pet, que trabalha com otimização e capacitação do profissional da área pet, que se mantém gratuito para médicos veterinários, além de desenvolver sistemas de gestão, controle, vendas, capacitação técnica e inteligência de dados. 

 

O projeto tem como principal objetivo garantir o acesso à saúde pet com excelentes profissionais, com agilidade e empatia no atendimento e acessibilidade para toda a Comunidade, além de desburocratizar e automatizar o dia-a-dia do médico veterinário e capacitá-lo para que ele possa dedicar seu tempo ao seu propósito de salvar vidas, unificando o mercado Pet e organizando suas informações. 

 

Os tutores terão acesso a um plano com as melhores redes veterinárias, com descontos de até 70% em consultas, internações, banho e tosa, ração e tudo o que é necessário para o bem estar do animal.  

 

Anualmente, uma consulta de veterinário clínico geral e as duas vacinas obrigatórias gratuitas por animal, cadastrado no CPF do beneficiário, e mais de R$ 100 mensais não cumulativos em medicamentos em farmácias humanas, com receituário veterinário (com CRMV). 

 

Por enquanto a plataforma atende exclusivamente via WhatsApp, através do canal oficial, mais informações no link www.iclubpet.com. O app Controle.vet já foi desativado, o novo aplicativo estará disponível a partir de fevereiro. 


Fotos: Divulgação/iClubpet 

Por Daniele Vieira - MTB 73005



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