COMPORTAMENTO CANINO

Erros de liderança: especialista em comportamento canino mostra como evitar que o cão assuma o comando da casa
Ricardo Tamborini relata quais são os principais erros dos tutores ao estabelecer a liderança

Quem é o líder da casa? Essa dúvida é bastante frequente entre os donos de cães de estimação. Muitos não sabem, mas o instinto de liderança canino tem início na convivência com animais da mesma espécie, ou até mesmo com os próprios seres humanos. “Por meio desse convívio, eles instintivamente tendem a ter determinadas posturas, a fim de testar, conquistar e afirmar o seu status no meio em que vivem”, explica o adestrador e especialista em comportamento canino, Ricardo Tamborini, que lembra também que esse comportamento não depende somente do fato de o animal ser macho ou fêmea.

"...o instinto de liderança canino tem início na convivência com animais da mesma espécie..."

A fase de formação de caráter de um cão se inicia no segundo mês de vida e vai até o oitavo ou o nono mês. Segundo Ricardo, é nesse período que o animal está aprendendo tudo o que ele vai carregar por toda a sua vida e é extremamente importante que os donos saibam impor limites. “Deixar um cão crescer sem regras e limites faz com que a convivência na família não seja tão agradável. Com a ausência dessas atitudes, eles poderão fazer as necessidades em qualquer lugar, latir incessantemente, fugir sempre que encontrar o portão aberto, destruir objetos, tornar-se possessivo e em alguns casos agressivo, entre diversos outros transtornos decorrentes da falta de liderança que não foi estabelecida,” explica.  

Saber liderar
Para mostrar ao cão quem é o verdadeiro dono da casa e passar a impor regras e limites, os tutores devem, primeiramente, lembrar que liderar não é bater, maltratar ou privar o cão do convívio social. A liderança não é conquistada com truculência. “Esse é um processo que deve ser o mais saudável e tranquilo possível, tanto para o cachorro quanto para o dono”, afirma o adestrador.
Geralmente, o principal erro dos tutores é corrigir ou elogiar o cão no momento errado. O importante é retificar o animal logo que ele fizer algo considerado incorreto. “O tom de voz e a postura influenciam bastante para que a bronca realmente funcione. Os elogios e correções apenas serão compreendidos pelo cão se forem dados no momento em que ele erra ou acerta. Chamar a atenção muito tempo depois faz com que o animal compreenda a bronca, mas não assimile o por quê a recebeu”, completa Ricardo.

Principais comandos
É importante que os donos adotem o hábito de nunca entregar nada ao cão sem que ele se comporte. Na hora das refeições, por exemplo, antes de entregar o alimento, ele deve pedir para o animal sentar ou deitar, e assim que ele obedecer, ofertar a ração.
Os tutores devem ser sempre firmes, principalmente se o cão não obedecer ou demonstrar certa teimosia. “Um cão que não é corrigido ao fazer algo errado, nunca entenderá que está errando. As broncas e correções são utilizadas somente para sinalizar um mau comportamento, mas o que irá fixar o bom comportamento são os elogios e recompensas. Caso exista uma grande dificuldade em ensinar ou lidar com a má conduta do animal, o ideal é contratar um profissional adestrador ou especialista em comportamento para orientar o dono,” conclui Tamborini.

Serviço: Ricardo Tamborini – Adestrador e especialista em comportamento canino
Central de Fontes Comunicação
(11) 3825-3228 -  www.centraldefontes.com.br

POMBOS – CORREIO

A Arte de Saber Voltar

Os Pombos-Correio foram primeiramente utilizados como seu nome indica para transportar mensagens. Faziam-no, é claro viajando do local da largada até o pombal. E muitas mensagens cruzaram o espaço, salvando por vezes vidas em perigo, até que o desenvolvimento das comunicações por telefone e rádio veio pô-los a parte. Na primeira grande guerra, ainda alguns pombos-correios foram considerados verdadeiros heróis, atravessando as linhas de fogo, voando sobre os campos de combate e transportou as mais variadas informações secretas.

Em 1916, durante a Batalha de Verdun, na França, um pombo-correio enfrentou o fogo cerrado para fazer a ligação entre o Forte de Vaux e as bases militares aliadas. Ao final do conflito, os habitantes de Verdun homenageou a ave com uma placa de mármore.

O Pombo-Correio veio finalmente a ser aproveitado, nas suas espantosas faculdades, para criação de um desporto que tem no mundo um grande número de adeptos. Trata-se dos concursos de velocidade e longa distância. E, por isso mesmo, os criadores continuam a selecionar seus melhores voadores de modo a obter um dos três principais estilos:
- O pombo de velocidade é extraordinariamente rápido. É o pombo para pequenos percursos com bom tempo. Aproximadamente 100 km a 250 km.
- O pombo de meio-fundo é resistente, rápido com bons tempos nas distâncias até 450 km.
- O pombo de fundo é resistente, de orientação perfeita até com mau tempo, geralmente faz bons tempos em todas as distâncias de 100 km a 900 km, trata-se normalmente de um pombo   bem treinado e com pelo menos 3 anos de idade.

O país da Bélgica é considerado o que mais vem dedicando-se à criação e seleção dos pombos-correios, sobretudo no último século, e daí que esta raça hoje em dia é chamada de “Correio Belga”, embora resulte de três principais variedades: Liege, Antuérpia e Flandres.

Efetivamente, além de se ter selecionado um bom pombo-correio, o sucesso de uma competição depende em grande parte dos treinos e das repetidas largadas, regularmente e cada vez mais longe do pombal. Isso fará desenvolver sua capacidade física e de orientação. As largadas regulares de 10 km no caso de borrachos a partir de 3 meses, aumentando sucessivamente para 15, 25, 30, 50, 70 km são a melhor maneira de treinar os pombos novos a orientar-se. Podemos aumentar até 120 km ou 150 km limite considerado razoável para o primeiro ano de idade. Pombos acima de dois anos de idade podem treinar até 400 km.

Os Columbófilos (criadores e admiradores dos pombos) estão organizados em Sociedades, que por sua vez são filiados as Federações. As competições são realizadas por estas entidades e para participar deverá estar associado.

Links Úteis:

Revista Bichos – Nº 01 – Ano IV – 1991 - Por Eduardo Jorge M. Ribeiro(Criador)