Gato idoso e interativo ao mesmo tempo. É possível?

Felino em atendimento no Hospital Veterinário Taquaral - Crédito: Matheus Campos
Tratamento multimodal e adaptações na casa garantem qualidade de vida ao bichano



Os gatinhos idosos perdem agilidade e reflexo, não é mesmo? Mas será mesmo que o tutor tem que se conformar e apenas guardar na lembrança essas características tão peculiares de quando seu felino era mais jovem?


É normal ou eles sentem dor e por isso preferem se aquietar? Saiba que um quadro comum entre felinos idosos que desencadeia esse comportamento é a osteoartrite, uma condição degenerativa que pode trazer desconforto e impactar a qualidade de vida dos animais de estimação.







A Dra. Daniela Formaggio, veterinária especialista em felinos do Hospital Veterinário Taquaral, em Campinas, diz que a osteoartrite está presente em cerca de 90% dos gatos 10 a partir dos 12 anos de idade. Ela causa dor e afeta as articulações. “Tutores estão identificando cada vez mais essa doença, que antes ficava ofuscada pelo padrão felino de dormir mais. Mas o tutor hoje é mais informado, pesquisa sobre as mudanças de comportamento do seu animal e não aceita a falta de interação como sendo normal”.
 

A veterinária explica que a osteoartrite é uma degeneração lenta, contínua e progressiva. Além da idade, o componente genético também interfere. As raças maine coon, abissínio e gatos maiores têm tendência a desenvolvê-la.
 

A doença pode ser agravada quando há o sobrepeso. A veterinária lembra que o esforço repetitivo, diabetes e distúrbios hormonais são fatores que favorecem o desenvolvimento da artrose e devem ser controlados para evitar que o quadro piore.
 

Daniela dá exemplos de observações que a família deve fazer:
 

- O gato diminuiu as atividades na casa?

- Reluta em subir nos móveis?

- Tem tomado menos banho?

- Está mais irritado?

- O xixi e o cocô estão sendo feitos para fora da caixa de areia?

- Reluta em pular ou subir escadas?

- Se levanta com dificuldade após períodos de descanso?

 

Fisioterapia em gato. Tem como?
 

Dra. Daniela ressalta que além de medicamentos para alívio da dor, hidratação adequada, suplementos nutricionais e ajustes na dieta, a fisioterapia veterinária também desempenha um papel crucial no manejo dessa condição.




A Dra. Beatriz Fava, fisiatra do Hospital Veterinário Taquaral, enfatiza a importância da fisioterapia na abordagem da osteoartrite felina: "A fisioterapia veterinária pode ser altamente benéfica para os gatos com osteoartrite. Por meio de exercícios terapêuticos, massagens e programações com técnicas indolores adaptadas às necessidades específicas de cada animal, podemos ajudar a melhorar a mobilidade, reduzir a dor e fortalecer as articulações dos felinos afetados", esclarece.
 

Beatriz frisa que a fisioterapia é o recurso ideal para o animal idoso não perder massa muscular e, consequentemente, a qualidade de vida e o controle da dor crônica. Ela salienta que o HVT oferece ambiente para o gato se sentir à vontade. “A sala estará com Feliway, sem cães por perto, há a utilização de aparelhos que não causam sensibilidade, exames e procedimentos feitos dentro da caixa de transporte, oferecimento de petiscos, Choru, entre outras abordagens”.
 

O tempo para a reabilitação é longo. As médicas veterinárias garantem que à medida que a medicação e a fisioterapia vão fazendo efeito o gato vai se acostumando e fica com postura mais tranquila.
 

“Quando conseguimos minimizar o sofrimento do animal é muito gratificante. O tratamento traz benefícios para a família toda. O animal é restabelecido e a família, antes desgastada, ganha em alegria e confiança”, ressalta Daniela. No HVT, a equipe de profissionais conversa entre si sobre os pacientes, visando individualizar a terapia e orientar toda a família. É o chamado tratamento multimodal.


Casa adaptada



 

Depois dos tratamentos que tiram a dor aguda do animal, a família é orientada pelos especialistas do HVT a adaptar a casa em busca de facilitar a vida do bichano. Alguns exemplos:
 

- Colocar “escadas” ou acessórios que deêm acesso aos lugares altos e preferidos do animal, como camas e mesas. Lembrando que “a descida dói mais que a subida”, destaca Daniela;
 

- Priorizar bandeja sanitária que tenha uma parte mais baixa para o animal entrar e ele não ter o esforço de subir ou transpor;
 

- Desenvolver cardápio com especialista para nutrição e manutenção do peso;
 

- Evitar mudar a disposição dos móveis na casa para não desorientar o animal.


*Saiba mais sobre o tema no podcast do Hospital Veterinário Taquaral no YouTube



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Fotos: Dra. Daniela Formaggio, veterinária especialista em felinos do Hospital Veterinário Taquaral e demais fotos - Crédito: Matheus Campos

Dra. Beatriz Fava, fisiatra do Hospital Veterinário TaquaralCrédito: Divulgação 


Por Kátia Nunes - AMZ

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