Com a chegada das festas de fim de ano, cresce o risco de cães e gatos ingerirem alimentos presentes na ceia natalina que podem causar intoxicações graves. Pratos tradicionais como carnes temperadas, aves recheadas, doces, frutas e embutidos estão entre os principais vilões, podendo provocar desde vômitos e diarreia até quadros severos, com risco à vida dos animais.
Segundo o professor, muitos alimentos consumidos por humanos são inadequados ou perigosos para pets, mesmo em pequenas quantidades. “O organismo de cães e gatos funciona de forma diferente do nosso. Ingredientes comuns da ceia podem sobrecarregar fígado, rins e pâncreas, ou causar intoxicações sérias”, explica.
Entre os alimentos mais perigosos estão o chocolate, as uvas e uvas passas, que podem levar à insuficiência renal, e cebola, alho e temperos derivados, capazes de causar alterações no sangue. Carnes gordurosas, molhos, embutidos e frituras aumentam o risco de pancreatite, especialmente em cães.
Sobremesas típicas como panetone, rabanada e doces em geral também não devem ser oferecidas. “Além do excesso de açúcar e gordura, algumas receitas podem conter álcool, fermento ou adoçantes artificiais, todos prejudiciais aos animais”, alerta o professor. Ossos cozidos representam outro perigo, pois se quebram com facilidade e podem causar perfurações ou obstruções no trato digestivo.
Os sinais de intoxicação costumam aparecer rapidamente, entre 30 minutos e poucas horas após a ingestão. Vômitos, diarreia, salivação excessiva, dor abdominal, tremores, apatia, convulsões ou mudanças de comportamento exigem atenção imediata. “Qualquer sinal fora do normal após a ingestão de alimentos da ceia deve ser tratado como urgência veterinária”, reforça.
Caso o pet ingira algum alimento proibido, a orientação é não tentar soluções caseiras. “Não se deve provocar vômito nem oferecer leite ou medicamentos humanos. O ideal é identificar o que foi ingerido, estimar a quantidade e procurar atendimento veterinário o quanto antes”, orienta.
Para prevenir acidentes, o especialista recomenda manter os alimentos fora do alcance dos animais, orientar familiares e convidados a não oferecerem restos da ceia e, se possível, disponibilizar opções seguras específicas para cães e gatos. “A ceia é um momento de celebração, mas para os pets pode ser cheia de riscos. Informação e prevenção são essenciais para que a noite termine bem para toda a família”, conclui
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