Nova projeção atualiza números do 1º trimestre. PMEs seguem como principal faturamento do setor. Crescimento em relação a 2023 é de 12%, com destaque para produtos e serviços veterinários
Projeções indicam que o mercado pet brasileiro chegará a um faturamento de R$ 77 bilhões em 2024, de acordo com os dados da Abinpet e do Instituto Pet Brasil. O crescimento atualizado em relação a 2023 é de 12,1%. Atualmente, as duas associações se unem para consolidar seus dados de mercado, apresentando informações robustas sobre o setor.
A partir do levantamento de janeiro a junho, o faturamento do segmento de pet food, que é a venda de alimentos industrializados para animais de estimação, deve encerrar o ano com R$ 42,3 bilhões (54,9% do total do setor).
Veja o quadro completo:
Em relação aos canais de acesso, pet shops pequenos e médios permanecem como quase metade de todo movimento do varejo. Devem movimentar, até o final de 2024, cerca de R$ 37,5 bilhões. Em segundo lugar estão as clínicas e hospitais veterinários, que representam cerca de 18% do faturamento (R$ 13,8 bilhões), e as cadeias de mega stores pet (R$ 7,2 bilhões, ou 9,4%)
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“Os brasileiros aprovaram a comodidade da compra online e, hoje, o hábito é algo corriqueiro, principalmente nos grandes centros. Os consumidores também aproveitam esses canais para promoções exclusivas e facilidades como assinaturas de produtos. Assim, quando o pet food está acabando, ele sabe que já existe uma entrega agendada”, explica Caio Villela, presidente-executivo do IPB. Ele destaca que os dois segmentos com maior alta entre 2023 e 2024 foram os de produtos veterinários e de serviços veterinários, com 16% e 14,9% respectivamente. “Isso mostra que as famílias estão cuidando cada vez mais e melhor de seus pets".
“Sem grandes variações no preço das commodities, mantém-se o crescimento sólido dos mercados pet vet e pet care, além da demanda constante da cadeia de varejo em relação ao pet food. Isso demonstra que os consumidores têm procurado os produtos da indústria pet, e se preocupam em oferecer além do alimento completo de qualidade, produtos que garantem higiene, saúde e bem-estar para seus pets”, comenta José Edson Galvão de França, presidente-executivo da Abinpet e Membro do Conselho do IPB.
“Apesar dos números robustos, continuamos a chamar atenção para a alta carga tributária do setor. No caso do pet food, por exemplo, a cada R$ 1 gasto pelos consumidores, R$ 0,50 são impostos. Isso acontece no Brasil de maneira discrepante aos outros grandes mercados do mundo. Nos Estados Unidos, líder de market share, os impostos não chegam a 7% do preço final. Na Europa, a média é 18%”, compara Galvão de França.
Atualmente, a Abinpet e o IPB buscam a redução do imposto sobre pet food por meio da nova reforma tributária. Para ambas as entidades esse é um item essencial, e que não foi contemplado na primeira etapa do texto, aprovado pela Câmara dos Deputados. “Agora, estamos buscando apoio no Senado, para corrigir essa discrepância. A alimentação dos animais de estimação não pode ser considerada item supérfluo” conclui o presidente-executivo da Abinpet.
Veja a comparação dos tributos pet no Brasil em relação a outros países do mundo:
• Brasil - carga tributária: 50% do preço final
• Itália - carga tributária: 22% do preço final
• Reino Unido - carga tributária: 20% do preço final
• China - carga tributária: 17% do preço final
• Alemanha - carga tributária: 7% do preço final
• Estados Unidos - carga tributária: 6,6% do preço final
Mercado mundial | O mercado pet mundial cresceu 7,4% em 2023 em relação a 2022, chegando a US$ 180,8 bilhões. O Brasil atualmente se consolida no terceiro lugar no quesito faturamento, representando 5,54% dos US$ 180 bilhões, atrás somente de Estados Unidos (44,9%) e China (8,45%). Atrás de Brasil estão Reino Unido (4,11%); Alemanha (3,87%); Canadá (3,75%), França (3,6%), Japão (3,37%), Rússia (2,48%) e Itália (2,48%).
A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) representa uma indústria que congrega os segmentos pet food (alimento e ingredientes), pet vet (medicamentos veterinários) e pet care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza). A entidade fortalece o setor por meio de ações que contribuem para o desenvolvimento de seus associados.
Também atua para aumentar a percepção de que os benefícios da relação entre seres humanos e animais de estimação se estendem a toda a sociedade.
Além disso, é cada vez maior a participação desse setor na economia nacional e, por isso, é parte relevante do agronegócio: cerca de 73,9% do faturamento é proveniente dos produtos para nutrição animal, cuja composição é 95% agropecuária, com ingredientes como milho, soja, arroz, trigo e carnes de aves, bovinos e peixes. Todos os produtos da indústria de alimentos e veterinários farmacêuticos e biológicos são fiscalizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
A Associação é referência técnica para o setor e publica há mais de dez anos o Manual Pet Food Brasil, adotado pelas principais fabricantes de alimentos como guia de boas práticas. O Manual
contém informações sobre os padrões técnicos e de qualidade de matérias-primas, parâmetros nutricionais, metodologias analíticas aplicáveis e condições ideais de produção para garantir alimentos seguros aos mercados nacional e internacional. Sua atualização ocorre a cada dois anos, considerando o desenvolvimento do setor.
A Abinpet oferece aos associados o Painel Pet, plataforma integrada de informações consolidadas de mercado (produção), composta por um banco de dados e apuração de dados de todos os fabricantes nacionais e importadores de alimentos e produtos para animais de estimação. O Painel é composto por informações validadas e seguras por criptografia e os seus relatórios abordam o volume e faturamento da Indústria Pet Brasileira.
Mais informações: imprensa@abinpet.org.br
O IPB disponibiliza informações relevantes para o setor através do DATA PET, bem como promove a capacitação das empresas brasileiras, gerando mais competitividade e, com isso, serviços cada vez melhores para os nossos melhores amigos.
Por André Spera - 2pro Comunicação
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