A quantidade de alimento ingerido pelo cãozinho, deve
suprir as necessidades de energia e de
nutrição do animal, para mantê-lo saudável,
desde que esteja dentro de sua capacidade física. Um regime alimentar
satisfatório é aquele que fornece uma dieta equilibrada, numa concentração
suficiente, bem dentro dos limites de seu apetite. Tal regime pode consistir de
um único alimento adequado, ou de uma mistura de alimentos com concentrações
diferentes.
A alimentação do filhote, fisiologicamente normal, começa no
desmame que deverá começar gradativamente entre a quarta e quinta semana de
idade quando os mesmos já tiveram explorado seus arredores. Nesta idade, eles
aceitam alimentos macios e úmidos, que são fáceis de ingerir e, apesar de
algumas pessoas pensarem que o leite ou alimentos à base de leite deve
predominar num regime de desmame, esses produtos não são essenciais, há
disponíveis muitas alternativas igualmente no mercado.
Nos estágios iniciais de três a quatro e meia semanas de
idade, o leite da cadela é ainda a mais importante fonte de nutrientes, para
que o cão tenha um completo desenvolvimento, depois disto a ingestão de outros
alimentos se torna necessário e por volta das seis semanas de idade poderá ser
completamente desmamada, e ser oferecido ao filhote uma dieta variada ou uma
alimentação completa.
Uma vez desmamados, os filhotes crescem com rápida
velocidade e necessitam ingerir grandes quantidades de alimentos, especialmente
filhotes das raças que crescem rapidamente (Dogue Alemão, Pastores, Rottweiler,
etc.), durante o período de seu mais rápido aumento de tamanho e peso, o
consumo de alimento pode ser mais do que o dobro que consome um cão adulto de
tamanho e peso semelhantes.
Contrariamente a muitas precauções e crenças populares, os
filhotes não necessitam quantidades extra de minerais e de vitaminas, desde que
suas exigências sejam atingidas. Isto não quer dizer que os proprietários devem
excluir totalmente o uso de suplementos vitamínico-minerais. Quando uma dieta
balanceada (ração) é fornecida eles não parecem ter nenhum benefício e se em
quantidades não precisam, absolutamente de suplementação. Misturas feitas em
casa, de carne e cereais, que são deficientes em cálcio e em vitamina D,
necessitam ser suplementadas com quantidades razoáveis destes constituintes
para atingir os níveis satisfatórios para dieta de cães em crescimento.
Um aspecto importante da alimentação dos cães em
crescimento, que se constitui numa preocupação de quase todos os que já tiveram
um filhote, é o efeito da dieta na quantidade e na consistência das fezes e na
frequência de sua disposição. As fezes não são simplesmente os resíduos
indigeríveis dos alimentos, mas também contém outras substâncias. A massa, ou
volume fecal, depende de várias coisas como: Matérias indigeríveis no alimento,
balanço de fluídos dentro do trato
alimentar. O alimento é apenas um dos fatores que influenciam a massa e consistência
fecal. Em geral, os alimentos de alta digestibilidade resultam em quantidades
menores de fezes bem formadas, mais isto nem sempre ocorre desta maneira. Um
dos fatores que influenciam na fluidez das fezes é a velocidade de passagem do
alimento pelo trato digestivo. A ingestão de quantidades maiores do que o
normal pode acelerar a passagem, dando assim um tempo insuficiente para que
ocorra a absorção e a reabsorção de água no intestino grosso.
A observação por vários dias após uma mudança na dieta ou no
manejo alimentar é provavelmente a melhor maneira de chegar a uma combinação
adequada do alimento e manejo, para o filhote individualmente.
Fonte: Publicado na revista Bichos de Estimação – Ano II - nº 07
Por Dr. Rômulo Vieira Lemos - (Nutrição de cães)
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