A importância do atendimento veterinário especializado em felinos


Além do profissional, é essencial que o tutor procure clínicas voltadas à espécie

Bastam alguns minutos de conversa com a sua avó para ela lembrar de um médico fundamental na história da família. Naquele tempo, bastava um clínico geral de confiança para dar qualquer diagnóstico. Os anos passaram e as guias de médicos dos convênios foram tomadas pelas mais diversas especialidades. Se os pacientes humanos já estão acostumados a conhecer as divisões da medicina, chegou a vez dos pets usufruírem do atendimento dos especialistas.


“Não basta ser veterinário. Se o pet está com problema na pele, o tutor vai querer passar com um dermatologista”, avalia Vanessa Zimbres, médica-veterinária especializada em felinos e proprietária da clínica Gato é Gente Boa, de Itu (SP). “Como o paciente não fala, ainda depende de o clínico geral compreender o problema e ter ética para encaminhar ao especialista, o que nem sempre acontece”.


Se dentro de uma mesma espécie o atendimento especializado é fundamental para garantir o sucesso do tratamento, quando o profissional atende animais diferentes, a precisão no diagnóstico fica ainda mais difícil. Por mais que os órgãos sejam os mesmos, o funcionamento em cada espécie é completamente distinto e isso precisa ser compreendido pelo tutor e, principalmente, pelo veterinário.


“Do mesmo modo que a gente não pode comparar um coelho a um cavalo, não devemos relacionar o cão ao gato”, esclarece Vanessa. “A dificuldade ainda é essa. Tem muita gente que faz uma especialização em felinos, mas, no dia a dia, continua atendendo cachorro também. Não dá certo. Provavelmente essa pessoa atende muito mais cães do que gatos, e esse cuidado específico com o felino, que é tão importante, ficou apenas na teoria”.

 


Além do profissional, as clínicas também devem se especializar

Uma outra situação comum é o profissional buscar a especialização e realmente atender apenas uma espécie, porém, em um local multidisciplinar. Nesse caso, o contato com outros animais em espaços compartilhados, como salas de espera e ambientes de exames, pode gerar quadros de estresse capazes de prejudicar o diagnóstico, alterando parâmetros como temperatura e pressão, além da frequência cardíaca e respiratória.  


“Em uma clínica especializada, o atendimento começa já no agendamento da consulta. O responsável pela agenda, normalmente, deve entrar em contato para explicar os procedimentos e ensinar o tutor como trazer o pet para diminuir o estresse”, esclarece Vanessa Zimbres. “O veterinário também precisa conhecer sobre a espécie para perceber qualquer sinal de desconforto. Às vezes, a gente precisa interromper a consulta e marcar um retorno para garantir que não vamos ter um resultado alterado nos exames”.


A cada ano, o número de pets nas famílias brasileiras aumenta. Se você busca oferecer o melhor atendimento para garantir a saúde dos seus “filhos de quatro patas”, fique atento à escolha do profissional veterinário. Não tenha receio de visitar o local ou pedir indicações. Tomar todos os cuidados é investir na segurança e no bem-estar estar do seu melhor amigo.


Por Vanessa Ferrante | JF Gestão de Conteúdo


 


             

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