Vermifugação de cães é cercada de mitos: entenda o procedimento correto

Foto: Helena Lopes no Pexels





Quem é tutor, sabe: ter pet é uma experiência repleta de ótimos momentos. O carinho, as brincadeiras, o companheirismo e o amor fazem a diferença na vida de todos, sejam pessoas, cães, gatos e demais animais de companhia. Mas a “PETernidade” traz consigo responsabilidades. A principal delas está relacionada à saúde dos animais. Afinal, ela depende exclusivamente da atenção e dos cuidados de seus “familiares”, os tutores.


Preocupações com a vacinação, higiene, antipulgas e vermifugação são essenciais para quem quer viver muitos anos ao lado do seu pet, esses procedimentos requerem rotina e acompanhamento. Em especial, a vermifugação é uma ferramenta muito importante na prevenção de diversos problemas causados por vermes. Ademais, é considerada uma questão também de saúde pública, uma vez que, previne a contaminação de outros animais e até dos humanos.


Entretanto, a aplicação de vermífugos convive num universo de desinformação. Uma das mais comuns é a alegação de que esses produtos não devem ser aplicados em filhotes. Mais do que falso, isso pode ser prejudicial, os filhotes por serem sensíveis, ao ficarem doentes, têm maior chance de ficarem debilitados e evoluírem para sintomas mais graves.




A primeira dose desses medicamentos pode ser administrada para cães entre os primeiros 15 a 30 dias de vida, algumas repetições podem ser necessárias de acordo com o protocolo escolhido pelo Médico Veterinário. Esse ciclo tem objetivo cobrir a fase de amamentação, visto que alguns vermes podem ser transmitidos a partir do leite da mãe infectada e vermes que possam ter sido transmitidos pela via transplacentária. Depois dessa fase, a recomendação é que a vermifugação seja feita a cada 3 ou quatro meses, a depender do estilo de vida do pet.


Outro mito que precisa ser desmentido – pois sua disseminação afeta a qualidade de vida e a segurança dos cães – é o de que fêmeas prenhes não podem ser vermifugadas. Pelo contrário. A oferta de antiparasitários durante a gestação e a lactação é importante para evitar que elas transmitam vermes aos filhotes. É importante ressaltar que essa recomendação deve vir do Médico Veterinário, que indicará a melhor dose e protocolo para cada caso.


Por Stefanie Poblete, médica-veterinária pela Universidade de São Paulo (USP) com residência em clínica geral pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e analista técnica de marketing da Syntec do Brasil


Em Março: Cães na Passarela



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