Profissionais do segmento pet apresentam dicas de como cuidar dos animais no período de frio
Com o fim das altas temperaturas, suor e sol forte, são chegados os tempos de inverno, momentos propícios para roupas mais quentes, estilosas e confortáveis. Mas o frio também tem suas desvantagens, inclusive para os pets. Dessa forma, Jade Petronilho - médica veterinária comportamentalista e coordenadora de conteúdo da DogHero e Petlove - e André Romeiro - diretor das marcas Future Pet e Pidan com venda exclusiva na Petlove, a última específica ao Brasil - trazem recomendações de como proteger seu animal de estimação do frio e indicam os principais cuidados que os tutores devem ter nessa estação do ano.
Antes de mais nada, é importante entender como o pet está se sentindo e para isso existem indicativos que o pet está com frio. Jade Petronilho explica que alguns dos sinais que os animais costumam adotar são a postura de encolhimento, quietude e até a insistência em ficar muito próximos aos humanos ou outros animais. Segundo Jade, é válido checar se as extremidades como o focinho, orelhas e patas estão muito frios. “Assim como nós, em casos mais extremos, também é comum que os pets tremam, pois assim o corpo se mantém em movimento, o que gera calor e mantém o organismo funcionando normalmente”, aponta.
A médica-veterinária conta também que algumas raças são mais resistentes ao frio, como os cães das raças Chow chow, Husky, Akita e São Bernardo, ou os felinos como o Norueguês da Floresta, que possuem afinidade com essa época do ano.
“Os pets menos peludos até podem sentir mais frio, mas os que mais costumam sofrer com as temperaturas baixas são os filhotes muito jovens, idosos e aqueles com menos gordura corporal. Mas sempre há exceções, por isso, é fundamental estar atento ao comportamento e as individualidades de cada pet, pois uns podem ser mais ‘friorentos’ do que outros. No caso de filhotes ou animais idosos, a atenção deve ser redobrada”, observa Jade.
Petronilho ressalta que a falta de cuidados com o pet pode fazer com ele apresente problemas respiratórios, gripe e até pneumonia. O frio extremo ainda pode causar hipotermia, que é a diminuição da temperatura corporal dos animais, gerando impactos como a diminuição da frequência cardíaca, hipotensão, tremores, rigidez muscular, perda de consciência e até óbito. “Infelizmente, não é raro que animais em situação de rua ou que vivam sem o suporte adequado, somente do lado de fora da casa, tenham problemas graves”, alerta.
Mas o que fazer se meu pet estiver com frio?
A médica-veterinária afirma que uma boa dica é espalhar caminhas, tocas e até edredons pela casa, de forma que o pet possa se aquecer independentemente do cômodo, circulando mais livremente, desde os pontos corriqueiros de repouso cotidiano até onde realmente prefira dormir. “Muitos pets têm o costume de dormir no chão e, no inverno, isso pode ser prejudicial, já que é comum o piso ficar bem mais gelado nessa época do ano. Hoje em dia, há diversas opções como caminhas suspensas que podem proteger o pet do solo ou, no caso dos gatos, há ainda alternativas que podem abrigar o bichano nas alturas, de forma mais aconchegante e que atenda suas necessidades felinas”, acrescenta André, executivo das marcas Future Pet e Pidan.
No caso das conhecidas roupinhas, a comportamentalista veterinária explica que os cães costumam se adaptar melhor às vestimentas que os gatos, que normalmente possuem maior sensibilidade e irritação com os trajes, que comumente atrapalham a mobilidade dos felinos. Mas, ainda nesses casos, existe a possibilidade de fazer com que eles se acostumem com as roupas.
“É possível fazer uma associação positiva, um incentivo, de modo que os pets criem esse hábito e se acostumem com os agasalhos, sempre os premiando com um petisco, carinho ou com as brincadeiras prediletas após se vestirem, sem forçar e incomodar o animal. Se esse método for aplicado quando o pet é filhote, a chance de adaptação é ainda maior”, resume Jade.
O executivo de Future Pet e Pidan comenta que existe uma infinidade de opções relacionadas a vestimentas de frio para pets, desde casacos e jaquetas mais finas às alternativas mais robustas para o frio, como moletons e casacos com capuz, inclusive para os momentos de ventos e chuva.
A coordenadora de conteúdo da Petlove e DogHero ainda recomenda outras ações sazonais no inverno, como a diminuição do número de banhos no pet, que deve ser dado somente quando muito necessário e secando muito bem o animal. Além disso, explica que os passeios rotineiros podem ser feitos em momentos mais quentes do dia, em horários em que o sol está mais presente.
Por Nathalia Teixeira - Assessoria Petlove
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