Evento “Pet Talks – O Futuro do mercado Pet” |
A COMAC (Comissão de Animais de Companhia) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) realizou nesta quarta-feira, 16 o evento “Pet Talks – O Futuro do mercado Pet”. O encontro realizado no Expo Imigrantes, em São Paulo, reuniu empresas do setor para discutir dinâmicas e tendências do segmento, com foco em negócios e consumo. O evento contou com a participação do economista Robson Gonçalves, analisando a evolução do mercado e o comportamento do consumidor. Um dos pontos principais foi em relação aos custos que as famílias mantém com a saúde, cuidados, higiene e a alimentação de cães e gatos.
“Houve um aumento nos preços e disputa do que será relevante entre ração e produtos para saúde, por exemplo. Quase 50% do orçamento para cuidados com pets é focado em alimentação. Depois, cerca de 40% vão para atenção clínica de saúde e cerca de 10% para higiene. Um outro ponto interessante está relacionado ao aumento da população pet e o que isso irá significar no futuro em termos de demanda de cuidado”, observou.
A Coordenadora da COMAC, Andrea Castro, abordou a importância das pesquisas de mercado para entender quais são as tendências e os novos perfis de consumidores desde os cuidados básicos até os preventivos, já que hoje há um olhar para a qualidade e longevidade de vida dos pets.
“De acordo com a pesquisa do Radar PET deste ano, mesmo com a evolução da relação entre tutor e pet, observou-se uma ligeira queda na demanda por consultas preventivas. Segundo os números atuais 30% realizaram consultas para cães; e 21% para gatos. Os dados anteriores apontavam 32% para cães; e 27% para gatos. Esses estudos são essenciais para compreender o perfil do mercado como um todo, realizar comparações evolutivas e com tendências do passado, além de conseguir analisar perspectivas em geral”, afirmou Andrea.
Dados do Sindan relevam que, há dez anos, os pets representavam uma fatia de 15% nas vendas do setor e, em 2022, o número chegou a 25%. Dentre os fatores que contribuem para a busca crescente pelos companheiros de quatro patas estão a conscientização a respeito dos benefícios promovidos pelos animais de estimação para a saúde e o bem-estar das pessoas e a relação cada vez mais afetuosa entre tutores e seus pets, além do crescente número de adoção durante a pandemia. E, diante das projeções de subida contínua, há uma forte mobilização do mercado de produtos e serviços para atender a essa demanda.
NOVA PERSONA:
O levantamento do Radar Pet 2023 também reforça o vínculo emocional entre tutor e pet. Apesar da percepção do animal como filho ser menor, os pets continuam sendo considerados membros da família. Os tipos de tutores foram divididos em quatro tipos: o desapegado, o amigo do pet, o pet lover racional e o pet lover emocional. O tutor desapegado enxerga o pet através de um vínculo emocional mais fraco, se preocupando com os cuidados básicos, sendo predominantemente homens, na faixa dos 50 anos, casados com filhos, da classe C, que moram em casas das regiões CO e N.
Evento “Pet Talks – O Futuro do mercado Pet” |
Os amigos do pet tendem a ser mulheres, entre 30 e 59 anos, casadas com filhos, da classe C no SE e CO e possuem um vínculo maior com o pet, não os vendo como filhos, mas como parte da família já que possuem pouco tempo para dar atenção, os pets acompanham muitas das atividades do dia a dia.
Já o pet lover racional, tem um lugar especial para o pet na própria vida, considera-o um filho, mas devido às inúmeras tarefas do dia a dia e consciente das necessidades do animal, recorre a contratação de um número maior de serviços como daycare, dogsitter, consultorias de comportamento/adestramento. Esse pet lover racional também é predominantemente mulher, na faixa dos 40 anos, da classe AB, solteiras, viúvas ou divorciadas que vivem sozinhas, em apartamento.
O pet lover emocional vê o animal como um filho, se preocupam com a saúde e o bem-estar, buscam o que há de melhor no mercado e tem uma identificação com o pet. É um grupo formado predominantemente por mulheres de até 39 anos, , divorciadas ou viúvas, sem filhos e com maior predominância de pessoas LGBT+, classe AB1. Esse público é mais frequente na região Sudeste.
Por fim, foi realizado um debate moderado por Nicholas Vital, Head de comunicação do Sindan, sobre avanços no setor pet, na medicina e na indústria veterinária, no mercado digital e sobre as oportunidades para o setor pós pandemia e para os próximos 5 anos. Participaram da conversa Carla Berl, Diretora do Pet Care Centro Veterinário; Francisco Navega, Sócio Proprietário do N+ Pet Center RJ; e Sergio Zimerman, Fundador e CEO da rede Petz.
Fundado em 1966, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) congrega 91 empresas responsáveis por cerca de 90% do mercado brasileiro de medicamentos veterinários. Entre as suas atribuições, estão a representação legal das indústrias de saúde animal perante os órgãos oficiais, a produção de estudos, coordenação de campanhas sanitárias e educativas, além da comunicação e defesa da reputação do setor.
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De Nathalia Alcoba - Fundamento RP
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