Páscoa: Chocolates são altamente prejudiciais à saúde dos pets



 Além do símbolo da data, veterinária alerta para que tutores evitem oferecer outros alimentos típicos das celebrações familiares


Com a proximidade da Páscoa, nosso paladar fica aguçado ao pensarmos na variedade de chocolates com os mais diversos recheios e formatos, dos simbólicos ovos aos tradicionais bombons e barras, além de outras delícias típicas dos almoços em família, geralmente celebrados com um cardápio especial. Para muitos tutores de pets, a ocasião também pode ser o momento de agradar seus animais com essas guloseimas e até mesmo com as sobras das refeições. Porém, mesmo que a intenção do tutor seja demonstrar o carinho pelo seu pet, é importante lembrar que o consumo destes alimentos pode ser prejudicial para a saúde dos animais.

Oferecer chocolate aos pets é um equívoco e pode acarretar sérios problemas à sua saúde. Mariana Fragoso, médica-veterinária da Adimax e mestre em nutrição de cães e gatos, alerta: “O chocolate, usado para presentear nesta data e também no preparo de diversas sobremesas, contém teobromina, uma substância tóxica para os cães e gatos, pois seu organismo não a metaboliza da mesma forma que o organismo humano. Esta substância é muito parecida à cafeína e tem a finalidade de fornecer energia, mas nos pets este efeito de estímulo é muito grande, o que pode leva-los a passar mal”. 

 

De acordo com a médica-veterinária, as consequências da intoxicação pelo chocolate dependem da quantidade que o pet ingeriu, podendo levar de 2 a 4 horas para acontecerem: “Nos casos leves onde a ingestão de chocolate foi pequena, o vômito e a diarreia são frequentes, entretanto, quando a quantidade ingerida pelo pet for grande, pode ocorrer problemas no coração, convulsões e até leva-lo à morte!”. Mariana ainda destaca que chocolates mais amargos ou com maior concentração de cacau apresentam uma quantidade maior de teobromina em sua composição, de forma que o pet precisaria comer menos quantidade para passar mal.


Existem no mercado diversas opções de petiscos apropriados para o consumo por cães e gatos: biscoitos, bifinhos ou até alimentos úmidos, que são muito saborosos para eles  


Além do chocolate, há uma série de comidas típicas destas ocasiões festivas que apresentam riscos ocultos para nossos amigos de quatro patas: carnes e aves especiais, bacalhau, castanhas, uvas frescas e passas, sementes de frutas, temperos como cebola e alho e ossos são alguns exemplos. “A ingestão de alimentos gordurosos pode levar à inflamação do pâncreas; já o consumo de ossos pode ser ainda mais perigoso, pois podem causar perfuração intestinal , levando a uma condição de urgência; por fim, ingredientes como a cebola e o alho estão presentes o ano todo, mas vale reforçar que seu consumo pelos pets também pode oferecer riscos à saúde, como palidez, aumento da frequência dos batimentos do coração e da respiração, apatia, fraqueza, vômito, diarreia e dor abdominal”, exemplifica a médica-veterinária.

 

Ao invés de oferecer estes alimentos destinados aos seres humanos, existem no mercado diversas opções de petiscos apropriados para o consumo por cães e gatos: biscoitos, bifinhos ou até alimentos úmidos, que geralmente são muito saborosos para eles. Existem, inclusive, alguns produtos no mercado pet que apresentam o formato de ovo de Páscoa, mas não são feitos de chocolates: costumam ser petiscos moldados no formato de ovo. Vale reforçar que o consumo desses alimentos não pode ser à vontade e o tutor deve sempre conferir na embalagem a quantidade máxima que pode ser ofertada para seu pet. 

 

Mariana complementa: “Como na Páscoa o consumo de chocolate é mais frequente, é necessário que os tutores se atentem a não os deixarem em locais de fácil acesso aos pets, como as beiradas de mesas, sofás, entre outros. Outra dica muito importante é que os tutores somente ofereçam alimentos que são fabricados especialmente para pets e que são comercializados em grandes lojas. No caso de dúvidas, principalmente se o animal ingerir acidentalmente um alimento e o tutor notar que ele apresenta algum mal estar, é recomendado que seja levado imediatamente ao médico-veterinário de confiança”. 

 

Por Thais Gobbi  - JTComconsultoria  




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