Pesquisa indica que problemas renais e urinários são as doenças mais comuns entre os gatos no Brasil

 


Levantamento promovido pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindan entrevistou profissionais da área sobre o exercício da atividade e tendências do setor veterinário


As principais doenças que afetam os gatos estão relacionadas ao trato urinário, de acordo com médicos veterinários de todos o Brasil. Os profissionais identificaram problemas renais e urinários em 64% dos felinos, segundo a pesquisa Radar Vet, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). O número é 15 pontos percentuais menor do que o observado na pesquisa realizada em 2018. “É importante que os responsáveis de um pet não deixem de realizar consultas, vacinas e, quando necessário, medicação”, defende Andre Castro, coordenadora da COMAC.

 

Além disso, houve um aumento consideravelmente nos casos de FIV/FELV, conhecida como leucemia felina, que saltou de 15% para 42% entre 2018 e 2021. Os dados também mostram que 21% dos profissionais identificaram doenças gastrointestinais nos gatos. Para Andrea, as informações ressaltam a importância do cuidado preventivo na saúde animal. “Principalmente entre os gatos, os tutores tendem a postergar ou não realizar consultas periódicas aos veterinários, indo somente em casos de emergências ou com condições aparentes. O acompanhamento regular ajuda a identificar mais rapidamente sintomas das doenças renais e do trato urinário, contribuindo para o tratamento e o bem-estar geral nos animais”.


 

PRINCIPAIS DOENÇAS DOS GATOS


Em relação aos medicamentos veterinários mais prescritos para uso em casa, o ectoparasiticidas (voltado para a eliminação de pulgas e carrapatos) teve um aumento expressivo. De acordo com a pesquisa Radar Vet, enquanto em 2018 ocupava o 4º lugar, em 2021 subiu para o primeiro no ranking. Os vermífugos também apresentam aumento de prescrições ficando em 2º lugar, enquanto os antibióticos orais e os anti-inflamatórios apresentaram queda, apesar de continuarem sendo parte das principais medicações utilizadas.

 

A pesquisa também revela que 94% dos veterinários prescrevem produtos humanos ou medicamento manipulado para os animais. A proporção de produtos humanos prescritos é maior do que a proporção de medicação manipulada, 33% e 23%, respectivamente. Os medicamentos dermatológicos são os que mais se destacam entre os manipulados, mas há um crescimento nas classes de medicamentos hepáticos, gástricos e hepatoprotetores. A principal justificativa para o uso de medicação manipulada, sobretudo entre autônomos, é a melhor adequação da dosagem. As particularidades do paciente e o meio de acesso/disponibilidade no mercado também são motivos mencionados por uma parcela considerável dos respondentes.

 

A compra de produtos veterinários é outro ponto de atenção. Anualmente, milhares de produtos falsificados são apreendidos no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), itens como medicamentos - inclusive para uso animal - produzidos com matérias-primas de baixa qualidade, sem bioequivalência ou mesmo com princípios ativos diversos dos anunciados ou em quantidades diferentes, podem causar sérios problemas de saúde nos animais e colocar em risco a segurança dos nossos alimentos. “Precisamos conscientizar a população sobre a utilização correta de medicamentos e sobre a gravidade de utilizar produtos piratas, pois colocam em risco a vida e a saúde dos animais”, alerta Andrea Castro.

 


*Fundado em 1966, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) congrega 91 empresas responsáveis por cerca de 90% do mercado brasileiro de medicamentos veterinários. Entre as suas atribuições, estão a representação legal das indústrias de saúde animal perante os órgãos oficiais, a produção de estudos, coordenação de campanhas sanitárias e educativas, além da comunicação e defesa da reputação do setor. Saiba mais no site do Sindan.

 


*COMAC (Comissão de Animais de Companhia) foi criada em 2007 e trata dos interesses de um dos mais importantes e crescentes segmentos da indústria veterinária brasileira e mundial, o mercado de cães e gatos.

A instituição surgiu com a necessidade de cuidar do mercado de animais de companhia e, por meio da interação com os principais players desse mercado, a COMAC executa ações que estimulam o desenvolvimento do mercado pet brasileiro, principalmente das áreas ligadas à saúde animal.



Por Carlos Vinicius Amorim  - Fundamento RP 





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